23.10.11

e de repente me resta só a lembrança,
dias bem vividos, horas bem aproveitadas,
carinhos bem dados e recebidos com uma intensidade maior.
motivo?
não possuo.
só o não ter,
nem a conversa boba,
nem a mão que acaricia,
nem o silêncio.
todo o encontro virou fadiga,
toda a presença,
substituída,
todo o querer ter por perto, fez-se distância,
e de indiferença não se vive, meu nego.
diferente ficou,
corpo gélido,
palavras mórbidas
e brilho oculto no olhar.
se assim estamos,
'diz que deu, diz que dá, diz que deus dará'.
já deu
já foi.

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