1.1.12

eu não tinha esse jeito assim de não se importar com muito
nem esse desejo de ser só minha
a todo instante.
não tinha tantas olheiras na cara
nem tantas feridas na alma.
eu não tinha o hábito de todos os dias desejar
a mesma coisa.
na rua, uns me olham e dizem: você continua a mesma,
outros, a vida te embelezou,
mas o que eu vejo
são mudanças.
nem físicas nem psíquicas,
mas espirituais.
creio eu que, toda a energia emanada na noite passada
clareou minha aura
e fez-me ver
o quanto as coisas mudaram de rumo,
e o quanto esses zig zagues da vida tem me preenchido e
feito com que eu me encontre mais
ainda que esteja sempre perdida.

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